Páginas

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pegadas (Você volta)

Você voltou do nada. Tá, admito que antes de você aparecer eu deixei pegadas. Mas foi você que decidiu segui-las. 
Eu achei que você não fosse aparecer. E aposto que você não planejou. Mas a vida sempre foge dos nossos planos e aqui está você, me arrancando sorrisos bobos intercalados com suspiros zangados.
Você volta e some. E eu te imito: Sumo pra você ver que também sei ser rude. Quero te deixar na vontade porquê você não me merece e nós dois sabemos disso. E quando tô segura te largo. Mas, quando te largo, fico pensando na razão pra você ser tão orgulhoso.
Você sabe que voltou porque você é o tipo de cara que precisa de alguém que te diga verdades e eu falo na sua cara. Te digo que amo seus olhos, que odeio o quão prepotente você é, que sua voz é linda e que você viaja demais. Digo que seu humor tem dia e tem noite e que eu odeio isso. E digo ainda, que, quando você some, eu caio na real de que NÃO, você não me merece. E você faz isso porque acredita que eu estou pra ficar. Mas não, eu não tô. Me decido e sempre te digo: quem vai sumir sou eu.
Mas aí você volta. De novo. Do nada.
Volta manso, perguntando como eu tô, conversa como se me quisesse. Eu brigo, bato o pé, não confio.
"E se eu te quiser?" Você pergunta.
Se quiser, decide se você tá de dia ou tá de noite. E aí, vê se numa noite dessas você volta. Ou vai.
E, se for, por favor não volta.
_____________________________________________________________________________

Oi gente! Tô aqui fazendo intervenção via post pela segunda vez, pra agradecer aos leitores que andam acessando sempre os meus textos (sim, eu vejo daqui rsrs). Eu espero que vocês gostem :) Bom, provavelmente esse é meu último texto que vou liberar aqui em 2015 (faltam dois dias pra acabar o ano, grande coisa), mas voltem sempre, leiam os outros e se identifiquem s2 Beijo

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Bagagem

Você não acreditaria no quanto tô zen ultimamente. Tô tão zen, mas TÃO zen, que nem pareço eu. Parece que finalmente aprendi que NADA vale minha preocupação, nem minhas crises de enxaqueca. Custei mas vi que não nasci pra agradar a todos, e que, quando digo TODOS, tem família incluída. E que quando digo FAMÍLIA, sangue vale muito pouco.
Percebi, depois de quebrar a cara, que eu preciso correr atrás do que quero. E o que eu não quero, tenho que deixar ir. Deve ter quem queira. Mas esse alguém não sou eu.
Cansei de lotar minha bagagem de fases. Não quero mais essas coisas que o tempo leva no primeiro vento. Quero coisas que façam parte de mim e que fiquem comigo o tempo da minha existência, se possível.
 Quero descanso. Quero paz. Quero dormir sem pensar em quem não pensa em mim. E quem pensa mal, sinceramente, não me importo. E que diferença faria me importar? Ser quem você é nunca impediu as pessoas de tirarem suas próprias conclusões a seu respeito mesmo...
Quero amigos que sejam família. E quero família que seja minha amiga.  Quero música, quero dias de sol, quero filmes, quero gente feliz perto de mim. E quero ser assim pros meus amigos também. Quero ser o dia de sol de alguém.
Mas, se é pra falar de amor, deixa ele vir. Na calma, na paz, na humilde (cb jr, saudades). Cansei de ter pressa e me envolver com quem não merecia toda a minha capacidade de amar. Em todos os sentidos, com todos os parentescos.
Pelo menos aprendi.  
E aprendi, apesar de não entender, que as pessoas nunca dão a chance que as pessoas merecem para se mostrar. E, quando dão, podem se surpreender. Pro bem ou pro mal.
E as pessoas não se mostram. Então se mostre. E seja.  É assim que descobrimos quem nos merece. E quem a gente merece ter por perto. 
Na  moral? Só cansei de ter pressa e me envolver com quem não merecia. Não importa se é da família, se é da faculdade, se é da rua, se é cachorro. Agora eu estou restrita. Restringi meu bom humor e meu descanso, pois, repito,  NADA merece minhas noites. Nem a crise, nem o governo, nem as fofocas, nem os problemas do mundo, nem picuinha de família, nem as matérias da faculdade, nem porra nenhuma.  Tem gente que gosta de perder tempo com tudo isso aí. Mas esse alguém não sou eu. Não mais.
Nunca mais.

(Aproveitando o post pra mandar um SUPER beijo pros leitores mais fiéis que tô sabendo que lêem todas as asneiras que escrevo: Fábio e Vitor. Cês são uns tchutchucos s2)


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Me desfiz dos planos

Te vi de longe, queria dar um Oi.
Te achei tão diferente... Sabe aquele brilho que seu sorriso tem? Eu não vi, porque você não sorriu pra mim. Você costuma sorrir como fazia?
Você não usa mais as mesmas roupas. Gostava das suas cores, gostava do xadrez. Você mudou o cabelo, e você sabe que eu gostava mais dele antes. Você mudou tudo em você mas... Será que se mudou?
Eu sinto falta de conversar. Sinto falta da certeza que tinha que íamos ficar juntos. Mas não sinto falta de chorar amargamente pelas suas grosserias. Você era alguém que eu gostava tanto e me feriu tanto... Não sei se te superei ou se só decidi que não dava mais pra mim. Acho que um pouco de tudo.
Eu tinha te escolhido. E, aquela música, eu parei de ouvir incansavelmente. Aquele livro, eu deixei o cachorro comer. Aqueles planos... Me desfiz deles.
Sempre soube que não seria única. Sabia que na sua vida logo haveria espaço para novas aventuras e eu não me encaixo nelas.
Enfim, te vi hoje, e pensei em te dar um oi.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Falhas dos contos de fadas

Eles tem tudo que sempre imaginei que uma história de amor teria.
Tem lealdade, e tem trilha sonora, embora eles não saibam. Mas qualquer música de amor os descreveria. Qualquer uma. 
E eles sabem o quão sortudos são. Sabem valorizar as qualidades.
Te digo...
Poucas pessoas entenderão o amor dessa forma e sentirão como eles sentem. E poucas terão a chance de registrar como eu tive. Não sei quem é mais abençoado: eles ou eu.

Eles poderiam ter saído de um livro de contos de fadas. Poderiam ter se encontrado num baile. Mas ela nunca teria ficado até meia noite pra ir embora. Ela diria: Dane-se, tô ficando, Dane-se vestido, dane-se tudo!
E ele nunca teria deixado ela ir embora. Teria feito questão que ela ficasse mais.

Entendeu?
Essas falhas dos contos de fadas, eles jamais cometeriam. 

Eles vieram de uma vida de verdade, e é por isso que jamais errariam coisas assim, tão banais.
Mas já disse: Poucos saberão apreciar uma história linda de verdade.
 Poucos terão a sorte que temos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Ela engana

Ela é o tipo mais errado de mulher. Mas você ainda acha, inocente, que ela é certa.
Ela engana. Ela fala docemente. E quando ela quer, você se rende. 
Ela sabe que é um ser humano, sabe que peca e odeia quem se nega. 
Ela vai de mansinho e quando você espera que ela te dê moral, você roda filho. Porque ela não abre mão de valores, seja por quem for. Não abre mão de sabores. 
E como aquele gosto é bom: Sentir que pode ter o mundo na palma das mãos ou (por que não?) na sola dos pés.
Se você prestasse atenção, veria que aqueles olhos vêem muito além. Ela te conhece antes de você saber o nome dela. 
Ela sabe que você se vende e te compra.
Se ela sabe que você é bacana, ela te ama.
E se você é do tipo que não vale nada, irmão, com ela cê não anda.
Ela defende o amor. Cultiva a paz. Ela é linda.
Não nasceu pra conversinha. Então, sem conversa, sem bobeira, sem sentimentos recheados de vazio. Só chega junto.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Se eu fosse igual

Tem dias que eu não me reconheço.
Tem dias que eu amo o mundo e tem horas que eu botaria fogo nele.
Tem dias que amo tênis.
Tem dias que te amo.
Tem dias que me amo e amo isso.
Tem horas que amo o que faço e tem momentos que largaria o que faço, só pra não fazer nada.
E não faria nada e logo reclamaria do tédio.
Tem dias que tento ser malvada, só pra experimentar como é ser uma menina má. Mas aí eu vejo que sou boazinha demais.
E tem dias que eu quero ser boazinha demais, mas não rola, porque eu vejo que sou má.
Tem dias que me orgulho de mim. Tem dias que não.
Tem dias que quero me casar. Tem dias que não.
Tem dias que quero ter 50 cachorros e tem dias que quero ter 250. Mas nenhum não é uma opção.
Tem dias que quero ser louca só pra mim. Mas na maioria dos dias acho que devo ser maluca, para o mundo me chamar de louca e ver que sim, estão certos. Que julguem.
Ser louco te livra de muitas explicações que as pessoas ACHAM que você as deve.
Eu apenas não me explico.
Porque cada dia estou de um jeito, com uma vontade, de uma maneira.
E tem dias que me pergunto como seria
Se eu fosse igual todos os dias...

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cegueira

  Eu confio cegamente em você.
  Tão cegamente, mas tão cegamente, que você nem sabe.
  Que eu, eu te defenderia. Seria seu anjo da guarda.
  Por quê você não vê? É tão nítido. É óbvio que eu não me sacrificaria assim por qualquer pessoa. Óbvio demais. 
  Mas você também confia em mim. Você acha que eu nunca te veria com outros olhos. Mas eu já vi, e vejo. 
  Me peguei te cobiçando. Você ser tão bom me torna uma péssima pessoa. Porque eu prejudicaria o mundo pra te ver feliz. 
  Tudo isso só porque eu sei que a sua felicidade é pura. Conheço suas intenções. SEI que você é de ouro. E queria te deixar feliz sempre. 
  E cara, se o universo sente isso, o mundo vai girar e a gente vai se esbarrar sempre. E por mim tudo bem. Porque você me mexe, me faz andar. E me ensina o que é carinho o tempo todo. Aprendi bem até demais.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Um momento ( Como os cães)


Tenho uma história. Uma reflexão. Mas, por agora, acho ela violenta até para mim.
Primeiro tenho que compartilhar o caso.
Sou estudante de medicina veterinária. Na minha universidade, a escola de veterinária é um dos meus lugares preferidos no mundo.
 Recentemente, conheci uma cadelinha. Quando bati o olho nela, vi que era muito parecida com o meu cachorro, que foi adotado da rua pela minha família há cerca de 6 meses. Foi instantâneo. Não sei exatamente porquê, mas criei "preferência" por ela. No momento, gosto mais dela que dos outros cães do canil.
Passei a visitá-la e tirá-la para passear sempre que podia. Queria MUITO adotá-la também. Mesmo sabendo que minha família não podia, eu queria muito.

Até agora.

Minha ficha caiu da pior maneira.
Dia desses, levei-a de volta pro canil, e tinha levado uma bolinha (dessas, para cachorro), pra gente brincar um pouquinho antes da minha aula começar. Brincamos. Foi quando olhei pela grade. (As paredes do canil são de grade, de modo que dá pra ver vários cães de outros canis, de dentro de um canil).
Todos eles tinham um pedido no rosto. Um pedido simples. Se eles falassem, diriam:

"Me tire daqui". 

E eu percebi muito sofrimento. E percebi que fechei meus olhos por ter gostado mais da minha preferida, sendo que todos (inclusive ela ) merecem. Merecem carinho, merecem passear, merecem uma bolinha.

Todos eles merecem um momento de alegria. Porque eles, eles sim valorizam o momento. Eles não se importam se vão me ver hoje e não me ver nunca mais. Mas, se eu estiver aqui por 5 minutos, não vão me amar menos por isso. (Porque não somos assim também?)
Por que a gente tem mania de desvalorizar os momentos, só porque acabam cedo?

Só precisei de 3 pares de olhinhos pra entender que nós também só precisamos de um momento. Como os cães. Um momento pra entender, pra VER de verdade. Como os cães vêem. Pra apreciar a companhia, como eles apreciam. Mas, de novo, eu digo: A gente tem mania de desvalorizar os momentos, só porque acabam cedo...


domingo, 6 de setembro de 2015

Olho de laser ( Bem Vindos)

Eu tô convencida de que os olhos humanos podem fazer qualquer coisa.
Penso nisso toda vez que algo inesperado (e injusto, e até mesmo cruel) acontece. Sabe aquela teoria, da lei da atração? (tô misturando assunto, mas ninguém vai morrer por isso). Pois é. Como que atrai coisa boa quando tem tanta gente preocupada em criticar e olhar com maus olhos?
Digo isso porque julgar e fofocar é feio. E dificilmente as pessoas falam do que conhecem. Geralmente, é só fofoca e papo fiado sobre o desconhecido. Desde “a mulher metida e oferecida” até a existência de Deus. Precisamos parar e ver que não somos tão importantes assim. Nem a nossa opinião. O mundo é grande e a opinião de 1/8 bilhões de pessoas não significa nada, se formos honestos. Então, temos que baixar a bola e ver que  podemos estar errados sobre tudo nessa vida, porque tá rolando um superestimo pessoal nesse mundo, e todo mundo tá achando que sabe muito sobre tudo, quando na verdade a gente não sabe nem quando quer comer direito.
Sério... Qual a dificuldade em conhecer as pessoas antes de formar a opinião e julgar,  apontar e cochichar..?
Todos temos aquela(s) pessoa(s) que o santo não bate. Mas é só deixar a pessoa se fuder ser feliz pra lá.



E sabe aquela outra frase que diz que as pessoas só enxergam o que querem? Pois é.