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terça-feira, 26 de julho de 2016

Poema trágico



Podemos começar com um poema no meio do passeio. Um poema do seu autor favorito, que fala do amor de forma trágica. Pode não ser o que muitos querem, mas soa real pra mim. E já é o suficiente, já que é a única coisa que espero do amor é que seja real.
Acredito em palavras. E você as usa tão bem (droga) que acabo sendo seduzida sem perceber por cada conjuntinho delas, ali, todo dia, corriqueiramente. Só no fim percebo que gosto de como elas soam. Se não gostasse, não estaria aqui, tentando soar leve e tragicamente rendida. 
Já te falei dos meus receios e você os ignora. Você anda de mãos dadas com a diversão e eu, sempre tão séria, não acredito em você. Mas me pego querendo te dar um beijo.
E dou.
E fujo. Com vergonha de ser tão indecisa. Com vergonha de pensar que preciso estar sozinha agora, se tá na cara que você é o que eu preciso. Sem pensar demais,  só curtir nossa juventude, trocando palavras e pintando cenários. E descobrir o verdadeiro significado de viver.
[...]
E que tudo que pintarmos continue intacto, independente do resultado. Porque gosto de cores e desenhos irregulares. Você sabe que isso me deixa feliz. Colore os dias cinza.
Então não descolora.
Prefiro que você vá embora antes de ter essa chance.
Agora, nos vejo como um poema trágico.
Esperançosos mas contidos.
Tem sofrimento em cada linha, mas tem ainda mais aquela vontade de se apaixonar de verdade mais uma vez.

E tudo bem...

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